quinta-feira, 6 de agosto de 2009


Meu nome é R., vou contar a história de uma pessoa muito importante na minha vida, A., meu filho mais velho. Ele sempre foi um bebê lindo, teve muita atenção da família. Por ser o primeiro neto dos meus pais, era tratado igual a um reizinho. O pai dele nunca o registrou em seu nome, mas tudo bem, nós também nunca fizemos questão disso.
O tempo foi passou e ele foi morar com meus pais, isso foi quando me “juntei” com meu novo marido. Eu estava grávida de novo e por isso ele acabava ficando mais com minha mãe do que comigo. Nessa época meu irmão morreu e minha mãe começou a participar de estudos bíblicos se tornando uma testemunha de Jeová. A. também se converteu, pela convivência, começou a estudar e se batizou na igreja, falava sobre a bíblia com todo mundo que passava. Bastava cumprimentar que ele já ia falando, sobre tudo aquilo o que era bom e o que era ruim.
Porém, foi na adolescência que ele começou a mudar, ele virou espírita. Foi morar com um rapaz aos 14 anos, fiquei muito triste porque ele foi embora. As pessoas me mandavam ir à polícia, mas como eu iria dar parte de alguém já que foi ele que saiu de casa por vontade própria. Mesmo sendo menor, meu filho olhava pra mim e dizia que amava aquela pessoa.
Ele ficou dois anos com esse rapaz, que na prática era uma mulher como ele mesmo falava “um corpo de homem e uma cabeça de mulher”. Mas ele decidiu voltar pra casa e meu marido, que A. sempre considerou um pai, o aceitou de volta lá em casa. Era ele que tinha aceitado ficar com meu filho depois que o pai dele não tinha nem o registrado. Mas voltando ao assunto.
Logo que ele voltou para casa começou a namorar uma garota, ela acabou indo morar lá em casa também, pois acabou ficando grávida. Ele ficou todo feliz, até os cinco meses de gestação dela... Pois ele começou a trabalhar, abandonou a menina grávida na minha casa e foi morar com outra pessoa. Agora era eu que estava enrolada: ela na minha casa chorando, sofrendo, a barriga ficando enorme. Finalmente nasceu minha neta, Ana Beatriz, minha fofa.
Ele hoje mora com um menino, nunca viu a filha e não tenho notícia dele. Agora com 19 anos de idade morando com essa pessoa que não deixa falar comigo, nem com a minha família porque acha que podemos dar nos intrometer na relação deles. Só peço mesmo a Deus que ele tenha caráter, e se está feliz assim, que seja a vontade dele.

2 comentários:

  1. Nossaa que história!!
    Tem assunto para um livro!!

    Continue sempre a escrever, pois por mais dolorosas sejam as experiências, compartilhar ajuda não só a aliviar, como também a ver que o que passou ficou lá no passado, e que tempos melhores virão!

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  2. Impressionante, concordo com a Thalita, compartilhe essa história e desabafe! Terão ainda muitas coisas boas que você ainda postará aqui!

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