sábado, 10 de abril de 2010

Funk do Valão

Jonathan Lopes e Alexandre Oliveira optaram por um videoclipe pra mostrar as medievalidades de Saracuruna através de uma trilha sonora bem contemporânea.

Tiveram a sacada de sair do lugar comum fazendo a ligação entre o ambiente geográfico e social a partir de suas referências musicais. O resultado através dessa convergência ficou bem interessante. Lembro a vocês que a única coisa pedida a eles foi que através do vídeo, e com muita criatividade, mostrassem como Saracuruna poderia lembrar a Idade Média. Fotografia, trilhas sonoras, roteiros e criação são mérito desses estudantes fantásticos.

Coloca o som aí MC!

domingo, 4 de abril de 2010

Saracuruna na Idade Média



Aqui Alex e Flávio mostram como para eles Caxias pode lembrar a Idade Média. Entre lixões, valões e uma filmagem inspirada no filme Estamira (assistido em sala de aula), esses cineastas neófitos buscaram com um celular na mão e algumas idéias na cabeça, aquilo que para eles era importante de ser mostrado,  visto por você! Para alguns amadorismo, para outros uma das mais sinceras manifestações do que poderíamos chamar de Cinema Novo caxiense.

Mas entre uma denúncia e outra, alivia a alma saber que Alex teve tempo para encher a mão de jamelões (poderia ter trazido uns para a gente, rapaz!)

Recomeça o ciclo

Aos curiosos sobre o que acontecia (ou parecia ter deixado de acontecer) aqui justifico o longo silêncio.

O primeiro ano de vida desse blog foi um período de testes, muito produtivos por sinal. 

A falta de atualizações aconteceu por conta de um novo início de ano letivo em que os novos alunos do curso noturno de Caxias são apresentados aos conceitos que mais tarde utilizarão para construir, desconstruir, analisar e narrar suas próprias histórias que acabam aqui relatadas. 
Além disso, em alguns casos foi preciso aprofundar os conceitos já trabalhados, me refiro aos alunos antigos aos quais oferecendo novos estímulos e objetivos voltam com seu desejo de participação renovado, nesse espaço virtual. Aviso de antemão, está dando muito certo. E explico para vocês por onde caminharemos nesse novo ciclo.

Os alunos novos continuarão relatando por escrito suas histórias de vida, já os que fizeram isso ano passado ampliarão seus horizontes. Buscando nas ferramentas audiovisuais novos caminhos de expressão. Aqui está a grande novidade do ano, com celulares nas mãos ao longo do ano apresentarão o olhar pessoal sobre suas realidades. Estéticas, discursos e leituras múltiplas, de realidades distantes dos grandes centros e do interesse da mídia tradicional, aqui começam a ganhar espaço. Em novos contornos que se materializam (mesmo que virtualmente) tornando cada vez mais complexas e ricas as possíbilidades de expressão para essas pessoas.

E talvez o mais importante, ao oferecermos esse espaço de expressão em que finalmente podem  falar, escrever, mostrar suas realidades, estimulamos uma prática a muito desvalorizada dentro de uma estrutura social veloz, industrial e impessoal, o pensar sobre eles próprios. 

Um dos maiores orgulhos desse primeiro ano de projeto vem justamente do fato de que finalmente o olhar dessas pessoas deixa de se voltar para as informações distantes de suas casas e práticas particulares. Quando buscam material para suas exposições, escritas e audiovisuais, esses estudantes são obrigados a praticar um exercício de análise de seus objetos de observação. Sejam  esses suas comunidades, suas famílias e ou mesmo suas consciências. Essa é parte importantíssima que antecede o resultado final que é aqui apresentado a vocês, na prática um exercício de construção de educandos (e educadores) críticos, conscientes que dotados dessas qualidades cada vez mais se tornam capazes de afirmar ou mesmo transformar suas identidades, de acordo com aquilo que eles descobrem em cada um de seus trabalhos.